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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MIRINHA CARVALHO

( Minas Gerais – Brasil )

 

Maria Zulmira Sigismundi Carvalho nasceu em Aimorés. Em 1939, mudou-se pra Figueira do Rio Doce que passou a chamar-se Governador Valadares. Nessa cidade fez o Curso Primário no Instituto Imaculada Conceição, iniciando depois o Curso Ginasial que terminou em Belo Horizonte, bem como o Curso Clássico Sacre Couer de Marie.  Em 1945, escreveu seu primeiro poema que obteve o 2º. Lugar nos Jogos Florais do Colégio Sacre Couer de Marie. Em 1980, fez curso de Italiano e História da Arte em Florença, Itália, no Centro Lorenzo Médici.
Em 1981, matriculou-se no Instituto Brasileiro de Línguas, em Belo Horizonte, onde estudou Italiano. Atualmente (em 1992, ano de publicação da presente Antologia). Depois aluna da Aliança Francesa.
Pertence à Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais.
Em 1990, lançou seu primeiro livro de poemas: A Luz da Terra é Mais Suave.

 

SANTOS, Diva Ruas.  Antologia da Poesia Mineira.  Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992.        192 p.  Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos    - Apresentação: Alberto Barroca. 
Ex. bibl. Antonio Miranda 

 

 

MÃOS QUE SUSSURRAM

Mãos tão macias, mãos que se entrelaçam,
Murmuram mil palavras amorosas.
Seus gestos, toque leves que esvoaçam,
Como neblina nas manhãs chorosas.

Mãos tão ardentes, mãos que até disfarçam.
Sussurram, são águas que correm airosas,
Deslizando sobre as pedras onde passam,
Levando juras ternas, carinhosas.

Emitem sons que também rezam,
Espargem bens, carinho ao semelhante,
São mãos que choram, riem, revezam.

Há mãos que afagam, abraçam, florescem,
São as que levam para bem distante,
Sonhos, desejos; amam, não se esquecem.



A LUZ DA TARDE É MAIS SUAVE!

A tarde morre no horizonte rosa;
Longe, ressoa já a Ave-Maria.
O ar se veste, taful, de brisa airosa
O céu se tinge todo de magia.

A luz da tarde agora é mais suave,
Lembrando alguém exausto de sofrer,
Veleja e passa a Vida; é uma nave,
Descobre o amor, e quer ainda viver.

E na penumbra de envolvente luz,
Torna-se eterno, o belo adolescente,
Ama, agradece, sonha e até seduz,
Já não navega mais, só vibra, sente.

 

 

*



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Página publicada em agosto de 2022                                    

 

 

 
 
 
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